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sexta-feira, 4 de abril de 2014

A História do coelhinho da Páscoa

 
  

 
 

A figura do coelho está simbolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. O coelho reproduz-se rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas. 
 
Mas o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa? Tanto no significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova.
 
Existe também a lenda de que uma mulher pobre coloriu alguns ovos de galinha e os escondeu, para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram os ovos, um coelho passou a correr. Espalhou-se, então, a história de que o coelho é que tinha trazido os ovos. Desde então as crianças sempre acreditaram no coelhinho da páscoa.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Lenda do Folar da Páscoa



A lenda do folar da Páscoa é tão antiga que se desconhece a sua data de origem. Reza a lenda que, numa aldeia portuguesa, vivia uma jovem chamada Mariana que tinha como único desejo na vida o de casar cedo. Tanto rezou a Santa Catarina que a sua vontade se realizou e logo lhe surgiram dois pretendentes: um fidalgo rico e um lavrador pobre, ambos jovens e belos. A jovem voltou a pedir ajuda a Santa Catarina para fazer a escolha certa. Enquanto estava concentrada na sua oração, bateu à porta Amaro, o lavrador pobre, a pedir-lhe uma resposta e marcando-lhe como data limite o Domingo de Ramos. Passado pouco tempo, naquele mesmo dia, apareceu o fidalgo a pedir-lhe também uma decisão. Mariana não sabia o que fazer.
Chegado o Domingo de Ramos, uma vizinha foi muito aflita avisar Mariana que o fidalgo e o lavrador se tinham encontrado a caminho da sua casa e que, naquele momento, travavam uma luta de morte. Mariana correu até ao lugar onde os dois se defrontavam e foi então que, depois de pedir ajuda a Santa Catarina, Mariana soltou o nome de Amaro, o lavrador pobre.
Na véspera do Domingo de Páscoa, Mariana andava atormentada, porque lhe tinham dito que o fidalgo apareceria no dia do casamento para matar Amaro. Mariana rezou a Santa Catarina e a imagem da Santa, ao que parece, sorriu-lhe. No dia seguinte, Mariana foi pôr flores no altar da Santa e, quando chegou a casa, verificou que, em cima da mesa, estava um grande bolo com ovos inteiros, rodeado de flores, as mesmas que Mariana tinha posto no altar. Correu para casa de Amaro, mas encontrou-o no caminho e este contou-lhe que também tinha recebido um bolo semelhante. Pensando ter sido ideia do fidalgo, dirigiram-se a sua casa para lhe agradecer, mas este também tinha recebido o mesmo tipo de bolo. Mariana ficou convencida de que tudo tinha sido obra de Santa Catarina.
Inicialmente chamado de folore, o bolo veio, com o tempo, a ficar conhecido como folar e tornou-se numa tradição que celebra a amizade e a reconciliação. Durante as festividades cristãs da Páscoa, o afilhado costumam levar, no Domingo de Ramos, um ramo de violetas à madrinha de batismo e esta, no Domingo de Páscoa, oferece-lhe em retribuição um folar.

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Como referenciar este artigo: Lenda do Folar da Páscoa. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014. [Consult. 2014-04-03].
Disponível na www: .

terça-feira, 1 de abril de 2014

Tradições Pascais

 

 
Amêndoas da Páscoa
As amêndoas de Páscoa são um dos doces mais consumidos na Páscoa em Portugal. São geralmente formadas por uma amêndoa coberta de açúcar ou chocolate, embora haja muitas variantes. Antes de ser desenvolvida a produção de açúcar era usual terem uma cobertura de mel.
A troca de presentes que ocorre nalgumas regiões (frequentemente de um padrinho para um afilhado), nesta época, é também denominada de "dar as amêndoas".
A  amêndoa, várias vezes citada na Bíblia para além de simbolizar a vida, pureza e magnitude, na Páscoa, a palavra amêndoa é mais prosaicamente usada para significar presente.
Não há muitos anos, quando a Aleluia era celebrada no sábado, grupos de crianças no Alentejo percorriam as ruas correndo e tocando pequenas campainhas, anunciando ruidosamente a ressurreição de Cristo na esperança de receber em troca amêndoas que lhes eram atiradas das janelas, as chamadas “amêndoas enxovalhadas”.
A amêndoa é hoje um dos símbolos da festa pascal. Este fruto seco chega mesmo a significar folar (outra tradição pascal). Assim, em vez de dar ou receber o folar, também se diz dar ou receber amêndoas. No caso do cristianismo esse fruto simboliza Jesus, porque a sua natureza divina está “escondida” pela sua natureza humana, tal como a amêndoa que apresenta duas faces (o interior e a cobertura).
 

segunda-feira, 3 de março de 2014

Ofertar Amêndoas num Matrimónio

Significado

Há um significado no uso das amêndoas confeitadas como símbolo do matrimonio: o seu sabor agridoce (amargo + doce) representa a vida, representada pela amêndoa amarga, coberta por um revestimento doce que compensa a amargura com a doçura do casamento. Elas só devem ser distribuídas em números ímpares, num casamento, porque isso representa o vínculo indivisível do casal e a vida compartilhada.

História

O primeiro registro escrito do uso de amêndoas confeitadas é de 1930 em Boccaccio “Decameron”. Tradicionalmente são utilizadas em casamentos. Os italianos chamam as amêndoas confeitadas de “confetes“, enquanto os gregos chamam de “koufeta“. No inicio da Renascença as amêndoas confeitadas eram feitas com mel. Hoje em dia, o confeito é feito com açúcar e outros ingredientes.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Dia de São Valentim - 14 de Fevereiro

No século III, em Roma, Valentim, era um sacerdote e o imperador era Cláudio II,o Gótico. O Império enfrentava muitos problemas, com inúmeras batalhas perdidas. O imperador deduziu que a culpa era dos soldados solteiros, que segundo ele, eram os menos destemidos ou ousados nas lutas. E, mais, que depois de se ferirem levemente, pediam dispensa das frentes. Mas, o que era pior, retornavam para o exército, casados e nesta condição queriam voltar vivos, enfraquecendo os exércitos. Por isto, proibiu a celebração dos casamentos.

Valentim, que considerava essa medida injusta, continuou a celebrar os casamentos, mas secretamente. Quando soube das ações do sacerdote, Cláudio mandou que fosse preso e interrogou-o publicamente. Suas respostas foram elogiadas pelo soberano que disse: "Escutem a sábia doutrina deste homem". E, de fato, parece que a pregação de Valentim, o tinha impressionado, pois mandou-o para uma prisão domiciliar, indicando a residência do prefeito romano Asterio, onde todos eram pagãos.
Logo que chegou a essa casa, o sacerdote ficou a saber que o prefeito tinha uma filha cega. Disse aos familiares que iria rezar e pedir para Jesus Cristo pela cura da jovem, o que ocorreu alguns dias depois, acabando por converter toda a família do prefeito. Isto agravou a sua pena, sendo condenado a morte.

Uma antiga lenda acrescenta ainda que após curar a jovem, ele se teria enamorado dela, platonicamente, mas preferiu o seu ministério e que antes de morrer teria escrito uma carta para a jovem, a qual entregou ao seu pai, dizendo "De Seu Valentim" ("Your Valentine"). No dia 14 de fevereiro de 286 foi levado para a chamada via Flaminia, onde foi morto violentamente e depois decapitado.


O mártir Valentim, tornou-se santo porque morreu pelo testemunho do seu sacerdócio. A Igreja considera-o padroeiro dos namorados por ter defendido com a sua vida o Sacramento do Matrimónio
e não pelo motivo acrescentado pela lenda.